MEDFEST – Turismo Gastronómico sustentável, mobiliza nos próximos três anos 8 Países, entre os quais Portugal.

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IMG 4832MEDFEST. Oito países juntam esforços pelo Turismo Gastronómico Sustentável. A criação de oito destinos de Turismo Gastronómico Sustentável na Europa vai mobilizar, nos próximos 3 anos, uma parceria internacional apostada em contribuir para a diminuição da sazonalidade, a sustentabilidade económica, social e ambiental das atividades turísticas e a valorização do património cultural gastronómico.

Decorreu no início de Dezembro, em Liubliana, capital da Eslovénia, o seminário internacional de arranque do projeto MEDFEST, apoiado pelo programa INTERREG Mediterranean[1], que pretende enfrentar o desafio da sazonalidade e da diversificação dos destinos turísticos tradicionais “sol e mar”, com produtos novos e sustentáveis baseados na rica e famosa herança culinária do Mediterrâneo.

Em Portugal, o destino de turismo gastronómico sustentável a criar terá como tema a Dieta Mediterrânica, um estilo de vida reconhecido como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO e cujo regime alimentar associado é classificado pela OMS como sendo de excelência. 

O projeto MEDFEST é coordenado em Portugal pela Associação In loco, com a participação ativa de uma parceria alargada, que pretende consolidar a estratégia de salvaguarda da Dieta Mediterrânica e o envolvimento direto da Rota da Dieta Mediterrânica, uma comunidade de empresas e entidades unidas pela valorização económica e cultural da Dieta Mediterrânica.

Porquê criar Destinos de Turismo Gastronómico Sustentável?

A motivação principal de muitos turistas e visitantes está em mudança, evoluindo do “ver & consumir” para atividades de “experienciar & vivenciar”. Assim, as expressões intangíveis como paisagem cultural, comunidades, criatividade, música, comida e estilo de vida são cada vez mais importantes no turismo que se quer sustentável. 

A gastronomia é uma das principais formas de expressão da totalidade da cultura e do território de um povo, articulando de forma dinâmica comunidades, tempo e espaço. A Identidade Cultural Mediterrânica e a sua herança culinária, traduzida na forma de utilização dos produtos e ingredientes produzidos sazonalmente pelas comunidades locais, inspirada nos saberes tradicionais e desfrutada em locais plenos de conteúdo e significado, desempenha um papel único, estimulando as ligações de cooperação entre operadores locais e a relação entre desenvolvimento territorial e turismo sustentável. 

O objetivo geral do projeto MEDFEST é o de criar ou melhorar, no espaço mediterrânico, as estratégias existentes para o desenvolvimento do turismo gastronómico sustentável de pequena escala e desenvolver experiências culinárias sustentáveis, ligando os espaços costeiros com o interior rural, como uma ferramenta poderosa para promover destinos turísticos ‘alternativos’ e sustentáveis, refutando a inevitabilidade do turismo como atividade “predadora”.

Objetivos específicos: 

• Encontrar vínculos entre o patrimônio alimentar e culinário e o turismo sustentável;

• Diversificar a oferta turística existente nas zonas litorais, estabelecer relações de complementaridade com áreas rurais e qualificar a oferta turística na época baixa;

• Promover as experiências culinárias mediterrânicas e salvaguardá-las como parte do património europeu comum

• Sensibilizar e educar as comunidades locais, decisores políticos e os operadores turísticos do espaço MED sobre o património culinário.

A metodologia a utilizar no projeto MEDFEST é baseado no planeamento participado das ações concretas a realizar, envolvendo três tipos principais de partes interessadas (produtores, organizações de turismo, decisores políticos) que serão envolvidos e convidados a assumir a responsabilidade pelas ações do projeto desde o início até o fim, para garantir a durabilidade dos resultados.

Em Portugal, foi de extrema importância a constituição um Grupo de Trabalho Regional (GT MEDFEST) que suporte a articulação institucional entre os principais stakeholders privados e públicos e o aprofundamento operacional desta linha de ação que agora se reforça e que integra as seguintes entidades: RTA e ESGHT-Ualg (Parceiros Associados); CCDR; Ualg (Reitoria); DR Cultura; AHETA; AHISA; Escolas do Algarve do Turismo de Portugal; ATA.

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